terça-feira, 22 de março de 2022

Aluno da Unesp de Araçatuba desenvolve estudo inédito com pessoas com Síndrome de Down

Manu Zambon - Hojemais Araçatuba – 21/03/2022

Segundo pesquisa do mestrando Pedro Henrique Petrilli, pessoas com Síndrome de Down podem apresentar periodontite mais agressiva

Nesta segunda-feira (21), é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. No País, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há 300 mil pessoas que se enquadram nesse perfil. Com o objetivo de lançar luz ao atendimento odontológico voltado para esse público, o mestrando Pedro Henrique Petrilli, 31 anos, da FOA (Faculdade de Odontologia de Araçatuba), da Unesp (Universidade Estadual Paulista), desenvolveu uma pesquisa inédita nessa área. 

O estudo “Perfil imunoinflamatório de indivíduos com periodontite com ou sem Síndrome de Down” foi realizado dentro do programa de pós-graduação em odontologia, sob orientação da professora doutora Letícia Helena Theodoro, supervisora do Caoe (Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência).

O objetivo do trabalho é analisar e comparar respostas imunoinflamatórias em pessoas com a síndrome que possuem periodontite e compará-las com o padrão de pacientes com periodontite, mas sem a síndrome, assim como de pessoas sem a síndrome e sem doença periodontal. Lembrando que a periodontite é uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela destruição progressiva do ossos, ligamentos e gengiva, e pode levar ao edentulismo (perda dos dentes).

No total, estudo contou com 45 participantes, entre 19 e 35 anos, divididos em três grupos. A pesquisa teve início no final de 2020 e contou com a parceria do programa de pós-graduação da Faculdade de Odontologia da Unicamp. Agora, está em fase de publicação em periódicos especializados.

 

Pedro Henrique Petrilli em atendimento (Foto: Arquivo pessoal)

De acordo com o pesquisador, o tema foi escolhido por conta da experiência dele nos atendimentos realizados no Caoe, local em que fez estágio desde a graduação. “Tive um contato e percebi o quão desafiador é a área de Pacientes com Necessidades Especiais (a qual chama-se, na odontologia, Opne) e, principalmente, o quão necessitadas de atendimento especializado (como o que o Caoe oferece) essas pessoas são”, afirma.

Resultados

A orientadora explica que num primeiro momento, o estudo avaliou a prevalência e características do tecido gengival e índice de placas dentárias nesses pacientes. A pesquisa foi direcionada para estudar o que acontecia a nível molecular para que as pessoas com a síndrome tivessem uma resposta mais inflamatória. Foi nesse momento que a pesquisa contou com a parceria da Unicamp (Universidade de Campinas), na figura do professor doutor Renato Casarin. A instituição possui o equipamento necessário para a análise das moléculas coletadas dos participantes. 

O estudo apontou que as pessoas com Síndrome de Down apresentam grande variabilidade no padrão de resposta imunoinflamatória, exibindo um perfil mais inflamatório em comparação com pessoas com ou sem periodontite, mas sem a síndrome. Ou seja, pacientes com a síndrome podem apresentar periodontite em uma idade mais precoce e de forma mais agressiva, destaca Letícia. Sendo assim, a chance de edentulismo é maior e pode ocorrer em indivíduos mais jovens.

Tratamento

“Isso nos leva a pensar que temos que começar a prevenção o mais rápido possível. Esse paciente, por exemplo, não pode ficar mais de seis meses sem frequentar o cirurgião dentista, para um bom controle de placa. Caso ele não tenha esse controle, somando com uso de medicamentos, outras condições e essa resposta imunológica alterada, a destruição começará mais rápida e de forma mais severa”, detalha a orientadora.

Agora, Petrilli realiza uma nova pesquisa, com foco no tratamento especializado para as doenças periodontais nas pessoas com Síndrome de Down. O objetivo é justamente evitar esse cenário que a professora comentou, diminuindo a possibilidade dessa pessoa sofrer com edentulismo em idade precoce e proporcionando melhor qualidade de vida a ela.

“A importância para a comunidade é, como disse anteriormente, a escassez de atendimentos especializados que estes indivíduos ainda encontram. Portanto, o estudo, além de ajudar a trazer luz ao atendimento odontológico na Síndrome de Down, nos proporciona um melhor entendimento sobre a doença periodontal na Síndrome de Down, possibilitando a formulação de melhores estratégias de tratamento a estas pessoas. A pesquisa deve, sempre, transcender os portões da universidade e chegar a toda sociedade e indivíduo. A pesquisa deve ser difundida e universalizada a fim de atender e beneficiar todos cidadãos”, finaliza Petrilli.

(Foto: Manu Zambon/Hojemais Araçatuba)


Fonte: Hoje Mais


quarta-feira, 16 de março de 2022

Professora Ticiane Cestari Fagundes Tozzi, da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, recebe o Prêmio Unesp: “Destaque de Mulheres Cientistas”, na área das Ciências da Saúde, categoria Jovem Talento.


 

Professora da FOA é selecionada para I Prêmio Unesp: "Destaque de Mulheres Cientistas"

Com o Objetivo de reconhecer a importância de mulheres docentes e/ou pesquisadoras da Unesp com atuação acadêmica relevante nas dimensões do Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão, com reflexos na formação de recursos humanos e na geração de conhecimento científico, bem como impactos na transformação da sociedade, as Pró-reitorias de Pesquisa e de Pós-graduação da Unesp lançaram o edital para o I Prêmio Unesp: “Destaque de Mulheres Cientistas”.

A UNESP reconhece que a atuação de mulheres docentes e cientistas deve ser amplamente valorizada pela sua contribuição essencial na geração de conhecimento e formação de recursos humanos, mesmo em situações adversas decorrentes da desigualdade de gênero, ainda vigente nos mais diversos ambientes, incluindo as universidades e outras instituições de pesquisa.

O evento de premiação acontecerá hoje, 15/03/2022, às 17 horas, quando serão premiadas 08 (oito) mulheres na categoria “Jovem Talento” e 08 (oito) mulheres na categoria "Sênior".

As áreas do conhecimento referem-se a: (i) Ciências Exatas e da Terra, (ii) Ciências Biológicas, (iii) Engenharias, (iv) Ciências da Saúde, (v) Ciências Agrárias, (vi) Ciências Sociais, (vii) Ciências Humanas e (viii) Linguística, Letras e Artes.

Dentre as pesquisadoras premiadas está a professora doutora Ticiane Cestari Fagundes, Docente lotada no Departamento de Odontologia Preventiva e Restauradora da Faculdade de Odontologia de Araçatuba- Unesp.

A professora Ticiane ingressou na UNESP em fevereiro de 2012 como Professora Substituta na Faculdade de Odontologia de Araçatuba(FOA) - UNESP. Em junho de 2013, ingressou como Professora Assistente Doutora em regime RDIDP e desde então vem realizando atividades no Ensino, na Pesquisa, na Extensão e na Gestão na UNESP.

Além de Ministrar aulas na graduação e na pós-graduação, orientou mais de 22 alunos, incluindo bolsistas FAPES e CNPQ. Possui 59 artigos científicos, sendo que 49 estão publicados em revistas indexadas; possui 2 livros e 4 capítulos de livro. 

Coordenou projeto de extensão e continua participando de outros. Participou de vários Congressos Internacionais e mantem um bom relacionamento científico internacional, inclusive realizou uma visita a uma indústria do ramo odontológico no ano de 2019 na Bélgica. 

Atualmente, está exercendo a função de Chefe de Departamento. Além das atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão, em 2016 recebeu a benção da maternidade.

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, em 08/03, e o recente “Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência”, em 11 de fevereiro, parabenizamos todas as mulheres que, mesmo com os grandes desafios que enfrentam diariamente, continuam inspirando e apoiando outras mulheres a seguirem no mundo das ciências, se destacando em pesquisas de grande relevância em suas áreas de atuação.

No nosso meio acadêmico existem inúmeras mulheres de destaque nas atividades acadêmico-científicas, de extensão e científicas, dentre elas, e nesse momento, a professora doutora Ticiane Cestari Fagundes, que recebe o reconhecimento através desta premiação.

O evento foi transmitido pelo link: https://youtu.be/7FIZD4hxayY.

Mais uma vez, e com grande satisfação, parabenizamos a docente Ticiane pelo Prêmio Unesp: “Destaque de Mulheres Cientistas” categoria Jovem Talento.

Fonte: Diretoria da FOA

Atenção! Renovação de Livros até o dia 21/03/2022


Atenção! Não perca o prazo e acesse o Catálogo Athena! Semana que vem os empréstimos vencem (21/03/2022). Lembre-se de renovar!

Informamos que, devido ao retorno presencial, não serão realizadas novas alterações nas datas de devolução. Os usuários deverão renovar seus empréstimos via Catálogo Athena. Atualmente, as datas de vencimento estão para dia 21/03.

Renove seus livros! Acesse: www.athena.biblioteca.unesp.br

Tutorial em vídeo de como usar o Catálogo Athena: https://youtu.be/J9gapF0aYOs

Tutorial em PDF de como usar o Catálogo Athena: https://www.foa.unesp.br/Home/instituicao/biblioteca108/athena-tutorial.pdf

sexta-feira, 4 de março de 2022

Novas estratégias para melhora do reparo perimplantar

Por: Professora Associada Roberta Okamoto 

Pesquisa desenvolvida por FOA/UNESP e McMaster university premiada em San Diego

Nos dias 24 a 26 de fevereiro de 2022 aconteceu em San Diego, Califórnia, o Encontro Anual da Academia Americana de Osseointegração (Osseointegration Foundation), onde estiveram presentes pesquisadores e clínicos de diversos países participando de conferências, workshops assim como sessões de apresentação e discussão de casos clínicos e trabalhos de pesquisa. Neste ano, a professora associada Roberta Okamoto, do Departamento de Ciências Básicas da FOA/UNESP, foi premiada com o primeiro lugar na categoria de Pesquisa Básica ("Osseointegration Foundation Basic Science ResearchGrant") com a proposta intitulada: "Strategies for improving Peri-implant bone repairin Osteoporotic Bone Using novel additive manufacturing and Drug-Delivery". Este projeto foi desenvolvido pela parceria entre os grupos de pesquisa liderados pela Profa. Roberta Okamoto (LSMT/UNESP Araçatuba) e pela Profa. Kathryn Grandfield (Grandfield Research Group, da McMaster University/Hamilton, Canadá). O estudo mostrou resultados bastante promissores no reparo perimplantar em tecido ósseo comprometido por osteoporose quando da utilização de implantes porosos impressos por manufatura aditiva 3D e funcionalizados pela genisteína (técnica de layer by layer), permitindo a liberação controlada desta substância no sítio reparacional. Foi possível observar que a estratégia proposta de associar os poros dos implantes como "scaffold"e o delivery da genisteína foram eficientes em melhorar a formação óssea em qualidade e quantidade, com características semelhantes às observadas nos animais com ausência de comprometimento sistêmico. Foram resultados bastante promissores e as pesquisadoras continuam trabalhando em parceria, desenvolvendo mais estudos neste tema bastante desafiador dentro da área de Implantodontia.




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